Daqui do escritório eu vejo a rua lá embaixo, né. Aí hoje eu tava admirando um advogato (aqui vive cheio de advogatos indo e vindo do Fórum) que descia a rua de cima. E tem uma mendiga aqui na cidade, que ela é muito mendiga, coitada... vive pra baixo e cima pedindo esmola e tal, muito sofrida, senhora negra, pés descalços, uns 50 anos. Qual será a história dela? Teve filhos? Abandonaram-a? Whatever, fato é que assim que ela viu o advogatíssimo ela ficou toda feliz e foi correndo ao seu encontro, de braços abertos e sorriso no rosto. Fiquei só esperando ele a ignorar, né. Como muitos o fariam.
Pra minha surpresa ele também abriu um sorriso lindo no rosto, um sorriso verdadeiro, alegre, como se realmente tivesse ficado alegre por encontrar a pobre mendiga. Ela o abraça, ele a abraça, na verdade abraça a cintura dele, pois ele era bem alto (e GATO, já mencionei?), aí pra minha surpresa² ela começa a dançar, como se tivesse comemorando alguma coisa e o fofo entra na dança, meio que ergue as mãos e se mexe com ela, nada específico, lógico. Não se jogaram na gafieira em plena avenida, mas uma dancinha de alegria, diversão.
Achei aquilo tão bonito, tão simples e humilde que até me emocionei. Devo ter acordado emotivo hoje (novidade) porque de manhã vendo o jornal da Globo com a fofa Renata e o fofo Renato (esqueci os sobrenomes), numa reportagem sobre casamentos, um pai que tava entrando com a filha na igreja disse pro futuro genro:
"Se não sabe tolerar e perdoar, não case"
Bom, voltando ao Advogatérrimo fofinho e humilde. Não fiquei só na comoção, não. Rasguei minha roupa, me sujei com a terra do vaso de planta, baguncei o cabelo e desci correeeeeeeeeendo pra pular no colo dele e fazer a dancinha da alegria também.
Táááá meu bem?!
0¬
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